domingo, 30 de junho de 2013

Se eu não disser...

Se eu não disser que ando um tanto desanimado ou desestimulado a escrever, estaria mentindo, ou no mínimo omitindo uma sensação que me passa há um bom tempo. Não, eu não tenho a obrigação de escrever aqui, mas eu poderia dizer que zilhões de idéias que passam na minha cabeça poderiam ser registradas e não o são, simplesmente pois deixo de lado, e elas se perdem... A maioria delas são ligadas ao tema do blog, eu diria que o tema do mesmo é amplo, assim como é minha profissão, e eu acabo dando pitaco nas ciências próximas da geografia. Antropologicamente, sociologicamente, etc etc etc.... Outras questões são de cunho pessoal, mas eu acabo, por fim, dando o mesmo enfoque social, antropologico haha. É, já sofri, já aprendi, já sofri de novo, já aprendi de novo.. na vida, ninguém te dá um sorriso de graça, e se você o fizer, também não espere retribuição. Apenas ame, apenas se deixe levar, ou apenas fique parado caso as aguas estejam calmas. Confesso que, por vezes, sinto falta dessa retribuição, parece que o tempo passou e as pessoas ficaram mais insensíveis. Bobagem, só parece, só se passaram 3 anos, 3 anos para uma rocha não é nada, e para uma pessoa, é pouco, ou as pessoas viraram rocha. Sei lá, delirar e escrever foi o que fizeram diversos poetas, e desses devaneios até que surgiram belos escritos. Tem horas que dá vontade de não parar mais de viajar, conhecer todos os lugares possiveis em um curto espaço de tempo.... (esse rascunho ficou parado e inacabado por semanas)...

Recomeço agora, dia 30/06/2013. Viajar para mim é um modo de vida, é um sonho, conhecer novas culturas, ouvir outros idiomas, experimentar novos hábitos. Existe um livro de auto-ajuda, chamado "Mudança de hábitos", algo assim, não lembro exatamente o título, pois apenas li algumas páginas na livraria uma vez, e me lembro das poucas páginas que li, que a grande reviravolta na vida da autora, que faz do livro uma auto-biografia que começa após um noivado fracassado e um período de profunda depressão, se deu quando ela começou a fazer novas viagens.. Ela tomou coragem e meteu a cara no mundo, viu que esse mundo ia muito além de sua vidinha, de seu noivo, de sua cidade.

Um grande sonho meu é fazer intercâmbio, na França ou no Canadá/Irlanda, mas preferencialmente na França, que pra mim é um país de contos de fadas, encantado por suas cidades históricas, sua cultura, seu lindo idioma, que venho tentando aprender desde 2011, embora não seja muito fácil. Gostaria muito de poder viver e experienciar uma nova cultura assim que eu me formar, acho uma experiencia unica, que te dá coragem, faz crescer, amadurecer... Sul da França, já imagino a cidade, as pessoas falando o idioma perto de mim, o aspecto da cidade, Montpellier, quem sabe, novos aromas, gostos, gente... Eu me enrolando com a cultura, cometendo gafes, aprendendo em cima disso, convivendo com outras mentalidades, sentindo, vivendo, vendo, tocando, falando, escutando esse novo mundo todos os dias. Voltando lá para o inicio do post, que escrevi em algum dia que não me lembro quanto, e aproveitando o gancho, não tem nada mais antropologico do que isso.

Sempre, desde pequeno, eu tive dificuldades em lidar com as questões e sempre vi o recomeço como a melhor alternativa. Não que eu abandonasse tudo e todos da minha vida antiga, mas eu procurava reconstruir outra perspectiva em cima da anterior, que por vezes me decepcionava... Foi assim, e sinto que está sendo querendo ser assim de novo. Nossa vida tem altos e baixos, começos e recomeços, e nada melhor que um recomeço para deixar o que havia antes mais bonito. Acho que todo o ser humano deveria ter esse direito, não importa a idade, posição social, sexo... viver é isso.