sexta-feira, 29 de julho de 2011

Devendo ao limite

Olá pessoal, gostaria de me desculpar pelo tempo ausente de postagens no blog, é que além de estar meio enrolado na faculdade ainda estava sem idéias e um pouco cheio de coisas na cabeça.


Bem, quem que goste de geopolítica não ouviu falar no grande dilema em que vive os EUA neste momento? Se o limite da dívida pública do país mais rico do Mundo não for elevado, este deixa de pegar seus credores e pode dar início a um colete histórico, nunca visto e que pode levar o mundo a uma nova recessão. A cede dos republicanos é imensa, eles querem deixar o assunto para ser resolvido no último minuto ou quem sabe nem resolvê-lo. É muito simples para eles, pois são oposição e se o país afundar na crise novamente, o povo sempre tende a votar de novo na oposição achando que tudo é culpa do governo, ou seja, o Obama não se reelege em 2012. Mas a que custo eles teriam coragem de faze-lo? Um país enfraquecido seria ruim para todos, a credibilidade é um orgulho para os norte-americanos, pois não existe praticamente investimento mais seguro do que investir em títulos da dívida desse país.

Os republicanos jogariam tudo fora? É fato que nos EUA os mais ricos pagam poucos impostos e que a desigualdade está se acentuando, mas os novos políticos eleitos da extrema esquerda se recusam a cobrar mais destes para diminuir o deficit nas contas que o próprio Bush filho ( REPUBLICANO! ) fez, soa até engraçado. Obama terá que ter muito jogo de cintura, mas um calote seria ruim para todos, cortar pensões e programas sociais também não seria correto num momento em que o povo está muito dependente destes benefícios, já que a economia está enfraquecida e o desemprego está alto. O governo como poder legislativo tem artifícios jurídicos para criar emendas e medidas provisórias em tempo para elevar quem sabe o teto do endividamento e mais importante, estudar muito bem onde cortar os gastos! Acabar de vez com as frentes da guerra no Afeganistão e diminuir mais ainda os custos militares exorbitantes deixados pelo governo George W. Bush.

Por fim, aumentar impostos dos mais ricos, embora isto seja muito mais complicado com a oposição em maioria no congresso, e assim equilibrar a balança fazendo a dívida se estabilizar e quem sabe até diminuir. O que os americanos precisam é ter consciência da situação e não achar que tudo é culpa do governo, falta um certo pulso de líder e negociador do Obama para conduzir uma situação tão delicada, mas uma negociação da oposição que também é culpada por essa situação precisa ser feita num tempo recorde. Caso contrário, é bom o yankees acordarem e darem novo rumo a sua política em 2012, colocando políticos mais moderados e negociadores no poder, afinal um partido que pensa que o governo de um país é o problema não deveria nem existir. Uma economia forte, onde o povo é empreendedor, livre de altos impostos e que faz o país crescer junto com as contas governamentais equilibradas é uma coisa, outra bem diferente é uma economia forte porém em decadência, onde o povo não tem acesso a certos serviços básicos, onde os ricos livres de impostos compram jatinho, o que não desenvolve em nada um país economicamente, onde o governo está com as contas no vermelho e o povo que não arranja empregos, não está conseguindo investir e ser empreeendedor da maneira que gostaria por conta de todos os motivos anteriores.